As primeiras iniciativas de Dona Maria. O
acordo implícito entre a Presidente do Conselho e o Presidente da República,
quanto às respectivas funções.
Passados que foram os primeiros dias do seu mandato,
dias esses reservados para as adaptações que Sua Excelência a Senhora Dona
Maria de Jesus teria obrigatoriamente de fazer nas suas actividades, oficiais e
particulares, realizou-se um encontro muito importante com o venerando Chefe do
Estado, o Senhor Contra-Almirante Américo de Deus Rodrigues Thomaz. Aliás, as
tais adaptações até nem seriam muito complicadas, dada a longa experiência que
Sua Excelência tinha adquirido, no decorrer de tantos anos de convivência com
Sua Excelência o Senhor Professor Doutor António de Oliveira Salazar, e com a
sua maneira de viver e de agir, tanto no plano pessoal como no plano político.
Assim, por exemplo, embora contrariada, Sua Excelência teve de deixar de cuidar
pessoalmente das galinhas e dos coelhos que tão amorosamente criava, nos
jardins do Palácio de São Bento, entregando tal tarefa a um assalariado,
contratado para o efeito, com um ordenado baixinho, a fim de evitar que o homem
fosse para aí gastar o dinheiro nas tabernas, a encher-se de vinho tinto em
copos-de-três... Também teve de abandonar as visitas diárias ao talho Pereira e
à mercearia, passando a receber o senhor Pereirinha e o senhor Manel Merceeiro
no Palácio, em dias e horas certas, para discutir o preço das costeletas ou do
feijão encarnado.
Quanto às funções ministeriais, assumidas na
totalidade dos Ministérios, Sua Excelência a Senhora Dona Maria de Jesus exigiu
que os Directores-Gerais (recordemos que tinha deixado de haver Ministros) lhe
enviassem diariamente relatórios das respectivas actividades, que eram
minuciosamente analisados, à noite, ao serão – e, quando detectava qualquer
erro ou omissão, enviava um cartão de visita ao faltoso, com esta simples
mensagem a lápis: "Está Vossa Excelência dispensado do seu cargo, a
partir de amanhã, e pode ir para casa descansar." Pronto, estava o caso arrumado, ao antigo
estilo de Sua Excelência o Senhor Professor Oliveira Salazar – e não havia mais
conversas.
Pois bem, na tal reunião com Sua Excelência o Senhor
Presidente da República, a Excelentíssima Senhora Dona Maria de Jesus,
Digníssima Presidente desse Conselho de Ministros que nem sequer existia porque
ela assumira todas as pastas, foi muito directa e muito pragmática:
- Senhor Presidente, o melhor é esclarecermos já
as coisas, para não haver chatices daqui para diante!
- Sim, sim, claro – ia a dizer o Senhor
Contra-Almirante. – Eu acho... – mas foi imediatamente interrompido.
- O senhor não tem nada que achar nem deixar de
achar! A questão é a seguinte: agora que fui nomeada, quem manda aqui sou eu!
- Mas... mas fui eu que a nomeei... Se eu não a
nomeasse... – tentou o outro.
- Se não me nomeasse, nomeava-me eu a mim mesma!
Portanto, baixe a bolinha e escute. Eu é que ponho e disponho em tudo, como
acontecia antigamente com o meu saudoso patrão, o Senhor Doutor Salazar. Vai
daí, o senhor não precisa de se preocupar com coisa alguma, que eu trato de
todos os assuntos importantes do País.
- Então e eu, faço o quê? – foi a pergunta
tímida.
- O senhor dedica-se a inaugurar chafarizes e a
presidir a outras cerimónias igualmente interessantes e apropriadas à sua
condição! Terá assim oportunidade para repetir aquele discurso que já toda a
gente lhe conhece.
- Ah, sim, aquele em que eu digo: "Esta á a
primeira vez que aqui venho desde a última vez que aqui estive!"...
- Exactamente. Fazendo assim, vamos ter uma
vidinha santa, cada um na sua função, e o País estará contente e tranquilo.
- Está bem, isso até nem deixa de ser conveniente
para mim. Bem me bastou o abanão que tive de suportar por causa dessa confusão
do tal 25 de Abril...
- Óptimo! Estamos entendidos, então. E agora, vou
tratar de alguns assuntos ministeriais. Por exemplo, no Ministério das
Colónias, vou nomear alguém que fique encarregado da resolução dos problemas lá
dessas nossas chamadas províncias ultramarinas...
- Ah sim? E posso saber, já agora, quem vai
encarregar de resolver essa melindrosa questão?
- Sim.
Vai ser o senhor Doutor Almeida Santos!
- Não
me diga! Mas esse cavalheiro...
- ... é quem tem andado a espalhar mais teorias
sobre o assunto. É altura de transformar as teorias em coisas práticas. Ele que
resolva lá as questões daquela gente, já que se mostrou tão sabichão a esse
respeito!
- Então, e já agora, que se dignou entrar no
plano das confidências... posso saber como é que vai resolver o problema dos
exilados políticos? É que eu ouvi dizer que o doutor Mário Soares, o doutor
Álvaro Cunhal e mais uma data de gente que está lá por fora, pensava regressar
a Portugal, se a revolução tivesse vingado...
- Tenho um plano maquiavélico, quanto a esses
exilados! Vou informá-los de que estamos a experimentar um regime das mais
amplas liberdades... Eles ficam muito contentes, metem-se nos comboios e nos
aviões para regressarem à Pátria, e até lhes organizo imponentes manifestações
de acolhimento, no Aeroporto da Portela e na Estação de Santa Apolónia, com
milhares de apoiantes...
- E depois?
- Depois... meto-os a todos no xelindró, e nunca
mais nos aborrecem, nem aqui nem lá de fora das nossas fronteiras!
- Mas que ideia fantástica! Devo manifestar-lhe a
minha entusiástica admiração pelo seu génio político! Ainda bem que a escolhi
para este importante cargo!
Resmungando para si mesma, Dona Maria comentava: – Pois
sim, vai ficando na ilusão de que a ideia foi tua... – E, em voz alta: – Bem,
está o expediente em dia.
Pode sair. Vá lá dar umas voltinhas com a dona Gertrudes,
para passar o tempo!
E assim terminou aquela importante reunião, na qual
tinham sido aflorados, quase sem se dar por isso, alguns dos mais prementes
problemas com que se defrontava a nossa Querida Pátria!
A consagração: Sua Excelência a Presidente
do Conselho vê-se confirmada, pelo Bom Povo Português, com a mesma admiração e
o mesmo respeito de que gozara o seu saudoso antecessor e ex-patrão.
Mas faltava algo indispensável. Faltava uma grande,
uma expressiva consagração pública daquela austera figura que era agora a
suprema condutora dos destinos da Nação. Uma manifestação que consolidasse a
sua liderança, tornando-a incontestável. Era necessário que o Povo, o Bom Povo
Português, bradasse, em altíssima gritaria, a sua admiração e o seu respeito
pela Senhora Dona Maria, até para que não restassem dúvidas sobre a
legitimidade do seu papel naquele alto posto. É certo que não o tinha
conquistado através dos votos dos Portugueses, pois não se realizara qualquer
eleição para esse efeito. Mas... eleições para quê?...
Toda a gente tinha consciência de que as eleições
não servem senão para iludir as pessoas com a sensação de que estão, com um
simples papelinho metido numa urna, a manifestar a sua vontade e a sua escolha.
Nada mais falso! Esses papelinhos, para quem esteja treinado nestas coisas,
podem ser facilmente arranjados (ia a dizer "manipulados", mas a
expressão é talvez demasiado forte), de forma a que os resultados sejam aqueles
que mais convêm aos superiores desígnios da Nação – como aliás acontecera já,
em episódios anteriores, em que, nas contagens, se tinha dado um jeitinho...
melhor dizendo: um "jeitão"... – para evitar que a escolha
fosse recair numa pessoa que não interessava a ninguém...
Ora, em vez de se estar a perder tempo com essa
tarefa de eliminar os votos que não são convenientes, guardando apenas os votos
bons, mais vale, na verdade, evitar toda essa trabalheira, que só serve para as
pessoas se cansarem, e anunciar logo o resultado final, aquele que realmente
mais interessa, pois não é verdade?
Assim mesmo acontecera em relação à Senhora Dona
Maria de Jesus. Deste modo, era conveniente, agora, sancionar a feliz escolha,
fazendo-a aplaudir por milhares e milhares de pessoas.
No tempo do Senhor Professor Doutor António de
Oliveira Salazar (cuja alminha, pura e sem pecado, todos desejavam que
estivesse em sossego no Paraíso), tinha-se realizado, um dia, uma grandiosa
Manifestação de Mulheres, com o pretexto de agradecer a Sua Excelência o facto
de ter poupado o nosso Bem Amado País às agruras da guerra. Para tal, fora convocada
uma concentração para o Terreiro do Paço, tendo sido minuciosamente preparadas
as coisas para que o Senhor Professor fosse surpreendido quando, ao interromper
os seus importantes trabalhos num dos Ministérios ali sedeados, fosse
confrontado com uma enorme multidão que, à socapa, se teria reunido na vasta
praça, e que, de repente, romperia em frenéticos aplausos.
Foi assim que o Senhor Professor, curioso, e
querendo saber o que se passava lá fora, se abeirou de uma das janelas, ficando
muito, mas mesmo muito surpreendido, ao deparar com aquele imensa mole humana –
uma mole, aliás, bastante dura, tão compacta ela era, enchendo todos os
recantos da praça, incluindo os mictórios subterrâneos então ali existentes.
E, de repente, sem qualquer preparação ou ensaio,
toda aquela gente desatara a berrar: "Salazar, Salazar, Salazar!"
E só então, com grande surpresa, Sua Excelência verificou que toda a imensa
multidão era constituída exclusivamente... por mulheres! Eram mães, irmãs,
filhas, noras, cunhadas, primas, tias, avós, algumas bisavós, embora poucas,
incluindo donas de casa, telefonistas, dactilógrafas, empregadas de balcão,
enfermeiras, parteiras e outras, muitas outras, todas unidas na mesma intenção
e na mesma gritaria tão sonora que se podia ouvir na Outra Banda, em Cacilhas e
até na Cova da Piedade... Depois, inesperadamente, surgiram, por cima daquele
mar de cabeças bem penteadas (todas tinham ido ao cabeleireiro, nessa manhã ou
na véspera), vários cartazes muito bem escritos, com letras impecavelmente
desenhadas, certamente ali feitos, no momento, uma vez que a manifestação era,
como já se explicou, completamente espontânea... E que diziam esses cartazes?
Em frases muito simples, agradeciam a Sua Excelência o facto de apenas termos
sofrido, entre os graves inconvenientes da Guerra que se desenrolara na Europa,
entre 1939 e 1945, o pequeno inconveniente do racionamento de géneros, como o
feijão, o grão de bico, outras mercearias, o leite, a carne, o peixe, a
gasolina, etc.
Pois bem, o que se pretendia agora, em 1974, era
repetir essa grandiosíssima manifestação – embora com algumas diferenças. Para
começar, não houvera mais nenhuma Guerra Mundial de que a Senhora Dona Maria
nos tivesse safado. (Havia a guerra do Ultramar, é certo, mas essa estava praticamente
ganha, segundo afirmavam alguns especialistas, não em guerras, mas em palpites,
e de qualquer forma tal assunto não interessava ser discutido neste momento). É
verdade que também não houvera mais nenhum racionamento, a não ser aquele que
era espontaneamente feito pelas boas donas de casa portuguesas, que tinham de
racionar os escudos, para darem de comer às respectivas famílias com os
ordenados magrinhos que os maridos recebiam, de maneira a não lhes sobrar mês
no fim do ordenado... Outra diferença residia no facto de a Senhora Dona Maria
ainda não ter feito nenhum discurso, idêntico aos que fazia o seu antigo Mestre
e Mentor – os quais, como algumas pessoas comentavam, eram tão
extraordinariamente bem escritos que poucos percebiam o que ele dizia, embora
todos percebessem muito bem o que ele queria.
E o que é que ele queria?... Queria fazer da nossa
Querida Pátria uma terra Democrática!
(Os leitores hão-de estar espantados, perante esta
minha afirmação, que aparentemente contradiz outras afirmações, feitas mais
atrás, em que manifesto o meu repúdio e a minha antipatia em relação a esse
sistema político horroroso que é a tal Democracia... Provavelmente, estão a
pensar em alguma viragem ideológica que se tenha dado no meu espírito, algum viracasaquismo
de última hora que tenha atingido a minha consciência... Nada mais errado! Vou
explicar... É que há Democracias e Democracias... Há aquela em que toda a
gente, mesmo toda, incluindo os mais idiotas, vota para escolher quem os deve
governar. A essa, acho-a inútil e até maléfica, porque é um sistema em que
qualquer bicho-careta pode dar opinião e votar... Agora aquela em que uma
pessoa iluminada e esclarecida, superiormente inteligente, se elege a si
própria, sabendo que é um ente superior, escolhido, não pelos votos, mas por um
Destino glorioso, para conduzir um país à Felicidade – essa sim, é uma bela
Democracia!... Portanto, quando digo que Sua Excelência queria fazer deste país
um país democrática, isso significa que ele pretendia distribuir por todos –
democraticamente, estão a ver? – a riqueza nacional... Bem, quando digo
"por todos", deixo de lado, obviamente, os antipatriotas, que esses
não merecem que lhes distribuam seja o que for. E destaco, por contraste, uma
elite constituída por aqueles que, inteligentemente, se colocam ao lado de quem
manda, ganhando por isso o privilégio de usufruírem das benesses a que têm
direito).
Era, pois, necessário organizar, com todos os
cuidados e todos os pormenores, uma grandiosa "manifestação
espontânea" de apoio a Dona Maria de Jesus. E nisso se empenharam os
especialistas do costume, já habituados a preparar tais acontecimentos. Foram
convocadas as autoridades regionais, para arregimentarem as forças vivas e,
até, algumas forças mortas de cada uma das suas zonas de influência, a fim de
se deslocarem à capital, na data e à hora previamente programadas.
O esquema já era bem conhecido, de ocasiões
anteriores. Convocavam-se as pessoas de cada freguesia, ou de cada paróquia,
por iniciativa do respectivo líder político local, para uma reunião
preparatória, num sítio apropriado. Aí se explicava que era necessário ir a
Lisboa, no dia tal, para a tal "manifestação espontânea", que teria
de ser mesmo "grandiosa". Ninguém perguntava os porquês, porque,
naturalmente, já todos conheciam, mais ou menos, as respostas. Para o dia
marcado, arranjavam-se umas camionetas para o transporte do pessoal, as quais
estacionavam na praça principal, onde toda a gente se reunia. Distribuía-se a
cada participante um cartucho com duas sandes, um refresco e uma maçã reineta.
(Para os que tinham viagem mais comprida, podia reforçar-se o lanche com meio
frango por cabeça). À hora marcada, lá estava toda a gente preparada para a
viagem, todas as pessoas muito bem arranjadas, todos os homens de barba muito
bem feita – algumas pessoas até tinham tomado banho na véspera!... E lá
partiam, para uma jornada patriótica de consagração, uma manifestação de
respeitinho e obediência a quem se sacrificava para estar lá no alto, para que
todos fossem mais felizes cá em baixo.
Pois foi uma manifestação destas que se preparou,
para homenagear a Dona Maria... Tudo muito bem organizado, com todos os
pormenores, como atrás se descreveu, e alguns mais, que nem vale a pena
mencionar, porque toda a gente os conhece.
Mas... com uma grande diferença, em relação a todas
as manifestações anteriormente realizadas: é que, nesta, só entravam
homens!
Fazendo um curioso contraponto com a tal
manifestação que, muitos anos antes, tinha sido dedicada ao saudoso Professor
Salazar, e em que só tinham participado mulheres, nesta podiam ver-se pais,
irmãos, filhos, genros, cunhados, primos, tios, avôs, alguns bisavôs, embora
poucos, incluindo funcionários públicos, empregados de escritório, carteiros,
varredores municipais e outros, muitos outros, concentrados, unidos numa
berraria muito grande, que se ouvia na Outra Banda, até mesmo em Porto Brandão e na
Trafaria!
Era verdadeiramente impressionante!
Quando
começaram os vivas e os gritos entusiásticos daquela imensa multidão masculina,
o Senhor Doutor Moreira Baptista, que lá conseguira conservar, fora das suas
funções ministeriais, a antiga responsabilidade máxima no SNI – Secretariado
Nacional da Informação, aproximou-se de Dona Maria e disse-lhe ao ouvido: – Chegue-se
Vossa Excelência à varanda, para saudar a multidão...
Mas Dona Maria, numa demonstração expressiva do
muito que aprendera na sua vida cheia de ricas experiências, replicou, com ar
enxofrado: – Meta-se na sua vida, que eu sei muito bem governar a minha! Só
vou aparecer quando me apetecer e achar conveniente!
Toda a gente ficou varada com aquele incidente, que
mostrava bem a fibra de que era feita aquela extraordinária mulher, que
acrescentou ainda, para quem a quis ouvir: – A mim, ninguém me dá ordens!
Sei muito bem o que quero e para onde vou!
Alguém observou, em voz baixa: – Onde é que eu já
ouvi isto?...
E, lá do fundo do grupo seleccionado de Altas Figuras
da Nação, ouviu-se este comentário, talvez não muito rigoroso, mas espontâneo e
expressivo: – Temos homem!
Na verdade, adivinhava-se que a liderança daquela
excelsa Senhora ia ser marcada pela sua forte personalidade, pelos vistos ainda
mais robusta que a do seu nunca por demais louvado mestre e mentor. Assim,
perante aquela manifestação, com tanta gente que ansiava pela sua aparição, ela
fez-se cara durante bastante tempo, gerindo sabiamente a expectativa, e só
surgiu à varanda quando o povo, lá em baixo, já estava rouco de tanto berrar o
seu nome: – Dona Maria! Dona Maria! – ou simplesmente Maria...
Então, quando, depois de um bom bocado de tempo de
espera, a sua figura austera surgiu, finalmente, na varanda, perante aquele mar
de gente, foi o delírio! Os homens saudavam-na efusivamente, agitavam os
braços, berravam tão alto quanto podiam... É verdade que alguns deles o faziam
para ver se aquilo se despachava e voltavam aos autocarros para regressarem a
suas casas, pois já estavam fartos de estar ali, de pé, aos gritos – e, além
disso, já tinham dado fim à merenda!
Mas foi, na verdade, uma linda manifestação, que
ficaria guardada na memória de todos os que a ela assistiram... No dia
seguinte, o Diário da Manhã (o antigo matutino situacionista, entretanto
ressuscitado) titulava, em letras gordas, na primeira página: "Só no
tempo de Salazar se viu uma coisa assim!" – com uma grande fotografia
em que se destacava Dona Maria, agitando em calorosa saudação o avental de
tecido estampado que entretanto tirara. Magnífico!
CONTINUA NA QUINTA-FEIRA
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