26/09/2012

.O PORTUGUÊS PITORESCO - Cap. 17 - "PROVÉRBIOS"

17. PROVÉRBIOS

Ora aqui está uma colecção dos mais conhecidos provérbios que a tradição popular portuguesa foi reunindo ao correr dos tempos. Os rifões populares são a expressão da sabedoria do povo, da sua experiência pessoal e colectiva, do seu sentir e das suas emoções, havendo-os de todo o tipo e referentes a várias situações. Muitos deles são ditos de geração em geração e são conhecidos de todos os portugueses. Outros são conhecidos apenas em determinadas regiões.

Por ordem alfabética, estão assim reunidas as frases que, em tempos antigos, os avós transmitiam aos netos – e que resumiam o saber acumulado em gerações sucessivas. É claro que muitos dos conceitos contidos nestes provérbios estão hoje desactualizados, outros estão virados do avesso, mas a lista vale, pelo menos, pelo seu pitoresco.

A seguir a esta série, vem uma lista de livros onde estes e outros provérbios podem ser encontrados, assim como referências a alguns casos especiais,


A boda e a baptizado não vás sem ser convidado. 
A bom entendedor, meia palavra basta. 
A cada um o que é seu. 
A cavalo dado, não se olha o dente. 
A curiosidade matou o gato. 
A excepção confirma a regra. 
A galinha da vizinha é muito melhor que a minha. 
A ocasião faz o ladrão. 
A palavra é de prata, o silêncio é de ouro. 
A palavras loucas, orelhas moucas. 
A quem trabalha Deus ajuda
A sorte é o sorriso do desconhecido. 
A sorte não dá, só empresta. 
A união faz a força. 
A vida é sempre um caminhar no escuro. 
A vida só se compreende olhando para trás,  
     mas só se vive olhando para a frente. 
Abril frio e molhado enche o celeiro e farta o gado. 
Água de Maio, pão para todo o ano. 
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. 
Águas mansas não fazem bons marinheiros. 
Águas passadas não movem moinhos. 
Aí vem meu irmão Março, que fará o que eu não faço. 
Amigos, amigos, negócios à parte. 

Amor com amor se paga. 
Ande o frio por onde andar, há-de vir pelo Natal. 
Ano novo, vida nova. 
Antes pequena ajuda que grande compreensão. 
Antes que cases, vê o que fazes. 
Ao bom darás e do mau te afastarás. 
Ao menino e ao borracho mete Deus a mão por baixo. 
Arco muito retesado, arco quebrado. 
As aparências iludem. 
Até ao lavar dos cestos é vindima. 

Branco é galinha o põe. 
Burro velho não aprende línguas. 

Cá se fazem, cá se pagam. 
Cada cabeça, sua sentença. 
Cada macaco no seu galho. 
Cada ovelha com sua parelha. 
Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso. 
Caindo o Natal à 2ª feira, tem o lavrador que alugar a eira. 
Candeia que vai à frente alumia duas vezes. 
Cão que ladra não morde. 
Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. 
Casa roubada, trancas à porta. 
Cava fundo em Novembro para plantar em Janeiro. 
Cava um poço antes de teres sede. 
Cesteiro que faz um cesto, faz um cento. 
Chuva de S. João, tira vinho e azeite e não dá pão. 
Com livro fechado não sai letrado. 
Com papas e bolos se enganam os tolos. 
Com quem não te faz mal, procede por igual. 
Com vinagre não se apanham moscas. 
Contra factos não há argumentos. 

De alheios destinos a inveja é vã. 
De boas intenções está o inferno cheio. 
De Espanha, nem bom vento nem bom casamento. 
De médico e de louco todos temos um pouco. 
De noite, todos os gatos são pardos. 
De perto ninguém é normal. 
De Santa Catarina ao Natal, mês igual. 
De Santos a Santo André, um mês é;
     de Santo André ao Natal, 3 semanas. 

De Todos-os-Santos ao Natal, bom é chover e melhor nevar. 
De Todos-os-Santos ao Natal, perde a padeira o seu capital. 
Debaixo dos pés se levantam os trabalhos. 
Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer. 
Depois da tempestade, a bonança. 
Depois que o menino nasceu, tudo cresceu. 
Depressa e bem, não há quem. 
Deus ajuda quem cedo madruga. 
Deus dá nozes a quem não tem dentes. 
Deus escreve a direito por linhas tortas. 
Devagar se vai ao longe. 
Dezembro frio, calor no Estio. 
Dezembro quer lenha no lar e pichel a arder. 
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és. 
Do Natal a Santa Luzia, cresce a noite e mingua o dia. 
Do prato à boca se perde a sopa. 
Dobrado tem o perigo quem foge do inimigo. 
Dos fracos não reza a história. 
Dos males, o menos. 
Dos Santos ao Advento, nem muita chuva nem muito vento. 
Dos Santos ao Natal, cada dia mais mal;
     do Natal ao Entrudo, come capital e tudo. 
Dos Santos ao Natal, é Inverno natural. 
Dos Santos ao Natal, ou bom chover ou bom nevar. 

É pior a emenda que o soneto. 
É preferível uma injúria receber que uma injúria fazer. 
Em Abril, águas mil. 
Em casa de ferreiro, espeto de pau. 
Em casa do Gonçalo, manda mais a galinha que o galo. 
Em Fevereiro chuva, em Agosto uva. 
Em Fevereiro no 1º jejuarás, no 2º guardarás,
     no 3º é dia de S. Brás. 
Em Roma, sê romano. 
Em terra de cegos, quem tem um olho é rei. 
Embora pouco faça, em boa consciência. 
Enquanto há vida, há esperança. 
Entre amigos não sejas juiz. 
Entre marido e mulher não se mete a colher. 
Errar é humano. 

Filho de peixe sabe nadar. 
Filho és, pai serás, assim como fizeres, assim acharás. 

Filho que os pais amargura jamais conte com ventura. 

Gaivotas em terra, tempestade no mar. 
Galinha por pouco dinheiro não há no poleiro. 
Gata a quem morde a cobra, tem medo à corda. 
Gato escaldado de água fria tem medo. 
Gordura é formosura. 
Grão a grão enche a galinha o papo. 
Gravata é sinal de zaragata. 
Guarda que comer, não guardes que fazer. 
Guardado está o bocado para quem o há-de comer. 

Há males que vêm por bem. 
Homem prevenido vale por dois. 
Honestidade é aquilo que todos querem
     que os outros tenham. 

Inovar não é reformar. 

Janeiro molhado se não é bom para o pão,
     não é mau para o gado. 
Juntar o útil ao agradável. 

Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. 
Leve a palma aquele que a mereceu. 
Longe da vista, longe do coração. 

Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo. 
Mais vale cair em graça que ser engraçado. 
Mais vale quem Deus ajuda do que quem muito madruga. 
Mais vale sê-lo que parecê-lo 
Mais vale só do que mal acompanhado. 
Mais vale tarde do que nunca. 
Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar. 
Mais vale um tostão certo que um milhão incerto 
Mais vale um vizinho à mão que longe o nosso irmão. 
Mais vale uma boa obra que discursos vazios. 
Mal vai Portugal se não há 3 cheias antes do Natal. 
Mãos frias, coração quente, amor ardente. 
Mãos quentes, coração frio, amor vadio. 
Março, Marçagão, de manhã Inverno, à tarde Verão. 
Melhor que a palavra, embora curta e fina,
     o exemplo é que ensina. 

Merenda comida, companhia desfeita. 
Mesmo a casa do teu irmão não vás cada serão. 
Morra Marta, morra farta. 
Morreu o bicho, acabou a peçonha. 
Muita parra pouca uva. 
Mula que faz 'hin' e mulher que sabe latim,
     raramente têm bom fim. 

A SEGUIR: Mais PROVÉRBIOS e Final

1 comentário:

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