24/03/2012

O EROTISMO A NU - De "LUPANAR" a "MUDANÇA DE SEXO"

LUPANAR – É uma designação, menos usual, para “prostíbulo” ou “bordel” – mas significa o mesmo: lugar onde se pratica a prostituição. Mais especificamente, pode ser o lugar arranjado pela alcoviteira para encontros amorosos.

LUVA – Peça de vestuário que serve para cobrir ou proteger a mão. Mas também pode significar (no plural, luvas) uma retribuição ou gratificação extra, por qualquer serviço prestado, ou como recompensa por algum acto que mereça reconhecimento – sendo que, neste caso, se trata de uma acção ilegal e, frequentemente, contrário à moral. “Assentar (ou cair) como uma luva” significa “ajustar-se perfeitamente”. “Atirar a luva” significa “desafiar”, e tem origem nos hábitos medievais, em que o cavaleiro lançava a sua manopla àquele a quem desafiava para uma luta, e, se este a apanhava, isso significava que aceitava o desafio. Nos tempos actuais, estes hábitos caíram em desuso, mas ainda existem muitas luvas especiais, como, por exemplo, as “luvas de boxe”, as “luvas cirúrgicas”, e a “luva branca”, que define uma atitude requintada, cheia de tacto e delicadeza. “Afagar com luva” significa masturbar

LUXO – Ostentação. Maneira de viver em que se mostram sinais de riqueza, abundância de aspectos requintados e caros, e grande profusão de elementos faustosos e supérfluos. Por vezes, as manifestações de luxo destinam-se apenas a criar sentimentos de inveja. Outras vezes, porém, pretendem aliciar as outras pessoas, acenando-lhes com a possibilidade de partilharem um tipo de vida deslumbrante, um ambiente amável e rico em que elas gostariam de viver, atraindo-as assim, habilidosamente, para uma aproximação que não é mais do que uma manobra de sedução.

LUXÚRIA – Comportamento sem regras, em tudo o que se refere ao sexo, demonstrando um apetite sexual desmedido. Abandono completo aos chamados “pecados da carne”, através de uma sensualidade exagerada. De acordo com a doutrina cristã, a luxúria é um dos sete pecados capitais – mas, curiosamente, um dos mais praticados, talvez por ser um dos mais agradáveis e fascinantes, entre todos os que os homens e as mulheres conhecem... Como tema literário, a luxúria foi glosada, em prosa e em verso, por inúmeros autores, alguns deles famosos, outros nem tanto. E, também, por letristas de canções – como, por exemplo, aquela que, sob esse mesmo título (“A Luxúria”), foi composta por Isabella Taviani para a novela da Globo “Sete Pecados”:

Dobro os joelhos
Quando você me pega, me amassa, me quebra
Me usa demais
Perco as rédeas
Quando você demora, devora, implora sempre por mais
Eu sou navalha cortando na carne
Eu sou a boca que a língua invade
Sou o desejo maldito e bendito, profano e covarde
Desfaça assim de mim
Que eu gosto e desgosto, me dobro
Nem lhe cobro, rapaz
Ordene e não peça
Muito me interessa a sua potência, seu calibre e seu gás
Sou o encaixe, o lacre violado
E tantas pernas por todos os lados
Eu sou o preço cobrado e bem pago
Eu sou um pecado capital
Eu quero é derrapar nas curvas do seu corpo
Surpreender seus movimentos
Virar o jogo
Quero beber o que dele escorre pela pele
E nunca mais esfriar minha febre

MAMAS – É terrível ter que definir, do ponto de vista anatómico, estas partes do corpo humano, que existem tanto nos homens como nas mulheres, embora, neles, tenham uma importância muito relativa. Na verdade, explicar que a mama é um "órgão glandular característico dos mamíferos, capaz de segregar leite", é tirar-lhe todo o encanto que ela tem. Ainda pior é esta outra definição, que diz ser a mama "cada uma das duas projecções hemisféricas situadas sobre a camada subcutânea por cima do músculo peitoral maior". Perante este palavreado tão técnico, até pode desaparecer por completo o impulso, que parece ser inato na maioria dos homens, e em muitas mulheres, para agarrar, apalpar, acariciar umas mamas bem modeladas, rijas e firmes. De notar que se fala delas, quase sempre, no plural: isto porque uma mama, sozinha, tem pouco interesse ou nenhum; um par de mamas, pelo contrário, é um fortíssimo excitante sexual, que pode ser usado de variadas formas, nos jogos eróticos. Claro que as mamas servem para mamar, acto que está longe de ficar reservado apenas aos bebés. Estes mamam para obter leite, ao passo que os adultos mamam para obter prazer, embora, segundo os psicanalistas, se trate de um prazer que remete para as recordações da primeira infância. De qualquer forma, as mamas são um dos atractivos mais salientes do corpo das mulheres, tão importante como o rabo, ou superior a este, dependendo das preferências de cada um.
Por analogia de formas, as mamas também são designadas por nomes que as comparam a certas frutas, como, por exemplo, "marmelos", e outros.
Uma mamada é a quantidade de leite que se mama de cada vez – mas, num significado mais abrangente, este termo pode designar um fellatio, também vulgarmente designado por broche. São palavras não muito elegantes, mas muito frequentes na linguagem corrente – tão frequentes como os actos a que se referem, e que se praticam aí por todo o lado, e a toda a hora. 

MAQUILHAGEM – Conjunto de produtos cosméticos que se aplicam para embelezar e disfarçar pormenores do aspecto físico. As rugas podem ser disfarçadas, as estrias eliminadas, os sinais da pele apagados, os olhos valorizados, as pestanas e sobrancelhas retocadas. São inúmeros os produtos de maquilhagem existentes no mercado (que é um rico mercado, deve dizer-se), e que incluem cremes, loções, tintas, tratamentos sofisticados como o botox e outros, caros e aplicados em estabelecimentos também caros. No fim de todas essas operações, com uma maquilhagem bem feita, uma pessoa velha pode iludir quem a vê, aparentando uma idade muito inferior à real. O pior é quando chega a altura de usar os produtos desmaquilhantes e aparece, por trás da linda máscara desfeita, uma imagem que mete medo.

MARMELADA – Em Culinária, é um doce obtido a partir dos marmelos. No mundo dos negócios, uma marmelada é uma combinação através da qual se aldraba o resultado de um negócio ou de um jogo, de um concurso, de um combate de box ou de um desafio de futebol. Porém, no sentido que mais nos interessa, a marmelada designa uma troca de intimidades e de carícias mais ou menos atrevidas, sem chegar aos limites mais sérios. É o que fazem os namorados quando se apanham sozinhos, na comodidade de um sofá ou de um banco de automóvel. Os ingleses chamam a isso petting em vez de marmelada, talvez porque entre eles seja mais consumido o doce de framboesas, em vez do doce dos nossos marmelos, que nós, por cá, tão bem conhecemos. 

MASOQUISMO – Modalidade sexual da algolagnia passiva, baseada na obtenção do prazer a partir do sofrimento ou da humilhação, conforme se descreve em cenas de livros do conde Leopold von Sacher-Masoch, de cujo nome deriva a palavra. Os masoquistas só dificilmente conseguem atingir um clímax, a não ser quando são maltratados ou aviltados. Do cenário habitual do masoquismo fazem parte roupas de couro, usadas pela parceira ou parceiro dominante, e acessórios como chicotes, coleiras, correntes e instrumentos de tortura para castigar o dominado, o passivo, o qual se comporta de forma subserviente e rasteira, prestando-se obedientemente aos caprichos mais cruéis, como rastejar, lamber servilmente as botas de quem o domina, e cumprir todas as suas ordens.

MASTURBAÇÃO – Manipulação dos órgãos genitais, com a intenção de atingir o orgasmo. Nos homens, trata-se de manipular o pénis em movimentos de vai-vem, até ao clímax. Nas mulheres, o clítoris é acariciado e esfregado, com a mão ou com um instrumento apropriado (por exemplo, um vibrador). A masturbação é uma forma alternativa de praticar sexo sem os incómodos e os perigos de uma penetração, que pode não ser desejada, por vários motivos. A masturbação mútua, entre pares hetero ou homossexuais, é uma prática comum. Durante muito tempo, acreditou-se que a masturbação, especialmente a dos rapazes, e que é natural quando atingem a puberdade e começam a descobrir o corpo e os prazeres que este pode proporcionar, acarretaria doenças terríveis, além de, por exemplo, o nascimento de pêlos nas palmas das mãos... Era a consequência de preconceitos morais inculcados pela ignorância e pela religião. As penitências medievais impostas aos masturbadores, e em particular aos religiosos, eram assustadoras. São Tomás de Aquino considerava este pecado mais grave que a fornicação. Actualmente, o fenómeno é encarado com naturalidade e, mesmo, como uma forma de aliviar tensões, particularmente quando os indivíduos estão em situações de isolamento (prisões, navios, etc.). Mas já em tempos mais antigos foi considerado normal e corrente: conta-se que Diógenes e os seus discípulos se masturbavam nas praças de Atenas.

MATRIMÓNIO – Durante séculos, os dicionários definiam matrimónio ou o seu sinónimo casamento como "vínculo conjugal entre um homem e uma mulher". Com a evolução dos tempos, dos costumes, da moral e da sexualidade, foi necessário corrigir e actualizar o conceito, já que o casamento pode, actualmente, e em certos países, ser celebrado, também, entre indivíduos do mesmo sexo. Alguns cínicos definem o matrimónio como "cerimónia preparatória para o divórcio"...

MEMBRO – Nas suas definições mais inocentes, um membro pode ser uma destas duas coisas: ou um dos quatro apêndices mais evidentes no corpo humano, chamando-se braços aos membros superiores e pernas aos membros inferiores; ou o filiado num clube, grupo social, família ou associação com interesses comuns. Numa definição mais conotada com aspectos sexuais, chama-se membro ao outro apêndice (o quinto), evidente no corpo dos homens, ou seja, o pénis, também conhecido como "membro genital" ou "membro viril". Enquanto os outros 4 membros servem, respectivamente, para uma pessoa mexer (os braços) e se mexer (as pernas), este outro membro serve, por uma curiosa poupança da Natureza, para duas funções tão diferentes como urinar e fazer meninos...

MÉNAGE-À-TROIS – Arranjo segundo o qual três pessoas partilham a mesma casa e, especialmente, a mesma cama. A situação clássica envolve um marido, uma mulher e um (ou uma) amante, todos praticando sexo alegremente, uns com os outros, sem complexos e sem ciúmes. É uma situação mais frequentemente praticada do que geralmente se pensa e, para os que a vivem, pode ser muito agradável, pelo menos até surgirem as primeiras zangas e o ménage passar a ser à-deux... ou à-un...

MENOPAUSA – É uma fase difícil na vida da mulher, quando se dá a interrupção fisiológica dos seus ciclos menstruais. Os ovários deixam de segregar a sua secreção hormonal e a mulher já não pode conceber. Isto provoca, por vezes, alguns problemas psíquicos. A mulher sente que está a envelhecer e isso perturba-a. No entanto, há fenómenos curiosos ligados à menstruação, como os casos de mulheres frígidas que se tornam subitamente apaixonadas, ou de mulheres muito sensuais que se desinteressam do sexo. Também, por vezes, ressurgem nesta fase tendências homossexuais escondidas desde a puberdade. Com o tempo, tudo volta a acalmar e, para muitas mulheres, a consciência de que não vão poder engravidar torna-as bem mais atrevidas do que jamais tinham sido até então.

MENSTRUAÇÃO – Também chamada "regras" ou, popularmente, "a história", trata-se de um fenómeno fisiológico ligado à função de reprodução, que se manifesta nas mulheres, desde a puberdade até à menopausa, e que consiste num derramamento sanguíneo de origem uterina, que se repete por períodos de cerca de 4 semanas. Depois de uma ovulação, ou seja, do período em que a mulher está fértil, a menstruação é o sinal de que o óvulo não foi fecundado. Manteve-se, durante muito tempo, a ideia de que não deveria haver relações sexuais durante a menstruação, mas, para além dos aspectos higiénicos e estéticos, não há, na verdade, nenhuma contra-indicação nesse sentido. Aliás, durante este período, os instintos sexuais da mulher até se intensificam.

MESTIÇO – Pessoa que provém do cruzamento de pais de raças diferentes. Os mestiços podem subdividir-se em variadíssimas classes ou categorias, conforme as raças que se misturaram para os fazer nascer: branco com negra, ou negro com branca (resultando em mulato), índio com branca, mulato com branca, etc. À medida que os cruzamentos se vão sucedendo, misturando os genes e diluindo as características próprias de cada raça, surgem outras sub-classes, entre as quais se contam as "cabritas", as "cabrochas" e outras, com diferenças mais fortes ou mais ligeiras, quanto aos tons de pele – mas, geralmente, quanto mais misturadas, mais bonitas e sensuais são essas pessoas.

MESSALINA – Era o nome da mulher do imperador romano Cláudio, que se tornou famosa pela sua vida dissoluta e libertina. Teve inúmeros amantes: da longa lista fizeram parte Políbio, homem de confiança do imperador; o seu sobrinho Vinícius; Vitélio, antigo governador da Síria; Traulus Montanus, que ela mandou matar; Calixto, antigo secretário de Calígula; Myron, que depois de assassinar Políbio foi envenenado à sua ordem; etc. Não desdenhava os gladiadores nem os pescadores, e diz a lenda que esteve numa casa pública, tomando o lugar de uma prostituta. Repelida por Valerius Asiaticus, que se cobrira de glória na Bretanha, fê-lo condenar por Cláudio ao suicídio. Acabou por ficar freneticamente apaixonada pelo jovem Caius Silius, a quem incutiu a ideia de matar o imperador para casar com ela. Como resultado desta sua imagem, o seu nome aplica-se às meretrizes, nome mais ou menos erudito que se dá às prostitutas. Messalina acabou por ser mandada executar pelo marido, não tanto por causa da sua devassidão, mas por ter tentado assassiná-lo.

MINI-SAIA – Genial invenção, lançada em França, nos anos 60 do século XX, pela inglesa Mary Quant, e que veio revolucionar a moda dessa época. Com a nova forma de vestir dos jovens (foi, também, a época dos "jeans", das calças à boca de sino, etc.) o aspecto visual das pessoas de todo o mundo levou então uma grande volta – além da volta que deram as cabeças dos homens dessa época, cada vez que viam passar umas belas pernas, audaciosamente descobertas por uma mini (por vezes "micro") saia bem atrevida...

MISSA NEGRA – Simulacro perverso da missa tradicional, cuja origem provém das homenagens prestadas ao Diabo por diversas seitas heréticas. Remonta provavelmente a antigas cerimónias pagãs, como as bacanais e outras, que se mantiveram no Ocidente cristão até cerca do século X. Segundo alguns historiadores, a missa negra representava uma reacção contra a opressão da Igreja e dos seus senhores de então. Com algumas variantes, seguia aproximadamente os passos da missa católica, mas adaptados ao culto demoníaco. O formoso corpo nu de Madame de Montespan, amante do rei Luís XIV, de quem teve 7 filhos, e mulher ardilosa e ousada, teria servido de altar, sobre o qual teriam sido celebradas práticas sexuais violentas e cerimónias sádicas terríveis. Mais tarde, as missas negras passaram a simples pretextos para reuniões, mais ou menos secretas, em clubes privados, reservadas a uma elite de consumidores de drogas, pervertidos sexuais e amantes do insólito.

MISSIONÁRIO – Evangelizador, normalmente destacado para ir prégar junto dos povos pagãos, tentando convertê-los à sua religião. À primeira vista, é difícil descobrir a relação entre estas pessoas e uma das posições sexuais mais populares e mais praticadas – a posição do "missionário" – mas, na verdade, o nome justifica-se, porque eram os missionários, pelo menos os mais ousados, capazes de se atreverem a abordar tais assuntos, que recomendavam essa posição como a mais favorável à concepção dos filhos. Não se sabe onde eles teriam ido colher estes ensinamentos (uma vez que, como missionários, supunha-se que não deveriam saber nada sobre sexo...). De qualquer forma, a posição de missionário é aquela em que o homem está deitado de frente sobre a mulher, que está de costas, com as pernas abertas, para facilitar a penetração. Não será uma posição particularmente erótica, mas é cómoda.

MONOGAMIA – Estado matrimonial, ou de união de facto, implicando apenas dois parceiros, por oposição à poligamia, em que são admitidos vários, sendo que, na maioria dos países, esta é ilegal. Apesar de ser a monogamia a situação considerada tradicionalmente como normal, não corresponde ao que seria mais natural acontecer. Biologicamente, nem o homem nem a mulher são monogâmicos, embora uma boa parte das mulheres tenha uma tendência maior para a monogamia. É evidente que esta apresenta grandes vantagens sociais e emocionais, para a estabilidade do lar e a criação dos filhos. Mas as "escapadinhas" que acontecem frequentemente são a resposta a uma certa monotonia que a vida a dois acaba por provocar, ao fim de algum tempo de vida em comum, sempre com a mesma pessoa.          

MONTE DE VÉNUS – Designa, na mulher, a pequena "almofada" que recobre a face anterior do púbis, entre as duas pregas inguinais. Vulgarmente, chama-se-lhe por extensão púbis, e cobre-se de pêlos púbicos na puberdade. Em baixo, confunde-se com a origem dos grandes lábios. Destina-se a proteger o clítoris contra os golpes do púbis masculino, durante o coito. Quanto aos pêlos púbicos que o ornamentam, podem ser raros ou formar um matagal espesso, havendo admiradores masculinos para ambas as modalidades e, ainda, para a modalidade rapada, totalmente ou deixando pêlos suficientes para desenhar formas como um coração, uma seta, etc.

MORAL – Conjunto de regras que dirigem a actividade livre dos homens e das mulheres, mostrando-lhes que têm deveres e direitos, e quais eles são. Não existe uma moral genérica, aplicável a tudo: cada um tem a sua própria moral, embora influenciada pelo meio cultural, pela sociedade, pelos costumes, pela religião e por outros factores externos. Acontece com a moral sexual que a sua formulação depende desses factores, aplicando-se-lhe o princípio de que "cada um é livre de fazer sexo como quiser e lhe der prazer, desde que não entre em choque com a forma de fazer sexo dos outros".

MORDIDELA – Uma dentadinha pode ser um estimulante precioso, nos preliminares de um acto sexual, ou durante este. O seu efeito depende, no entanto, de vários factores: do local onde se morde (orelha, mamilo, clítoris, pénis, nádega); da intensidade (se for violenta, pode magoar e fazer parar imediatamente a acção); e de a pessoa mordida ser ou não sensível a tais estímulos, que nem toda a gente aprecia. Um conselho: morder devagarinho e com meiguice.

MUDANÇA DE SEXO – Há pessoas que nascem homens mas que, física e psicologicamente, se sentem e reagem como se fossem mulheres. O inverso também acontece, naturalmente: mulheres que apresentam características nitidamente masculinas e, portanto, não se sentem bem como mulheres. Uns e outras acabam, muitas vezes, por pedir ajuda cirúrgica para modificarem os seus corpos, de maneira a passarem a aparentar o sexo em que se sentem mais à vontade. Deve dizer-se, no entanto, que a modificação não significa uma transformação radical, completa, em que os respectivos órgãos sexuais sejam perfeitamente transformados e adaptados para o novo estado. São feitas operações muito delicadas, de remoção de pénis, construção de falsas vaginas, desenvolvimento de clítoris para simular o órgão masculino, etc., Mas a mudança sempre acaba por ser mais psicológica do que física, embora haja casos notáveis, com resultados capazes de iludir completamente quem não esteja prevenido.

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